D&D 30 Day Challenge - #Dia30

E enfim chegamos ao último dia do desafio! Agradeço aos que aguentaram minha falação até o fim (especialmente Amanda Silversong e Odin, pessoas mais do que queridas!) e me despeço do D&D 30 Day Challenge com um assunto muito fácil... 

#Dia 30 - Melhor mestre que você já teve.

Não sei se Grumpy Cat daria uma boa mestra (OU EU MESTRANDO O MUNDO EM DIAS DE MAU HUMOR)


Primeiramente devo dizer que eu respeito muito todos os mestres que já tivemos na nossa mesa (parece discurso de formatura, hahahahaha). Mestrar é muito difícil (ainda mais para o nosso grupo #dazoeira), eu já tentei e vi que não é bolinho. É preciso coordenar a história, os NPCs, os inimigos, os personagens jogadores, misturar tudo num balaio de gato e fazer dar certo. 

Cada um dos mestres que já passaram por nossa mesa de jogo tem seu próprio estilo e isso é muito legal. Há quem prefira regras, tabuleiros e puzzles, há aqueles que amam um bom terror e NPCs excêntricos, há os que gostam de de criar tabelas de lesões e calcular as estatísticas de cada reino... todos nos divertem muito, são dedicados e ajudam a diversificar a mesa. É muito interessante perceber a personalidade de cada um em suas aventuras. You go, boys!

Mas hoje, hoje eu vou falar do meu marido ♥. 

É óbvio que Odin/Matheus é o meu mestre do coração, né? Puxa, gente, eu até me casei com ele para garantir que mestre para sempre. Como eu já disse em desafios anteriores, gosto muito do mundo de jogo que o Odin criou; cada um de nós, jogadores, contribuiu um pouco para que ele existisse. Como Odin é a pessoa que mestra há mais tempo e mais regularmente, é óbvio que todos nós temos lembranças muito boas de suas aventuras e de personagens que fizemos nelas. 

O que eu mais gosto nas aventuras do maridão, sem querer puxar o saco, é que ele se preocupa com cada jogador e tenta incluir nossas histórias e gostos na história maior da campanha. Mestres: façam isso! Trabalhem não só o plot da campanha, mas também o enredo que cada jogador criou para seu personagem, o papel que cada um deseja desempenhar na campanha, seu passado... claro que nem todos os jogadores tem esta necessidade, mas alguns gostam muito de se sentir incluídos, fazendo parte do desenrolar da história de maneira mais expressiva do que apenas rolar os dados e ser um peão estatístico. 

O que eu admiro no Odin é aquilo que faz dele um excelente amigo e professor também: ele ouve. Ele motiva. Ele acolhe. Se tem um jogador mais quieto, ele não vai deixar esse jogador ali num canto, ignorado, enquanto os mais expansivos vão tomando conta da mesa (ou, pelo menos, ele vai tentar equilibrar as coisas). Se alguém tem dificuldade de criar uma história, ele vai bolar alguma coisa para aquele personagem, fazendo com que ele termine a campanha com uma importância que nem imaginava que teria. Talvez os outros jogadores nem notem isso, mas eu noto, e acho bacana demais. É possível que minha "lente do amor" aumente as coisas, mas acolhimento é importante, e mesmo dentro de um jogo, de um entretenimento, a gente quer se sentir parte do grupo. Do mundo. 

Lembrem-se: RPG não é você escrevendo um livro, sozinho, mexendo com seus personagens ao bel prazer. RPG é uma atividade em grupo e é complicado querer impor gostos ou só considerar aquilo que te agrada quando estiver mestrando. Não estou falando do meu grupo, e sim de experiências externas que eu já tive com o jogo (e com a VIDA, né, gente) e que foram desagradáveis. 

No fim, jogar e mestrar é como qualquer outra atividade que envolva grupos. É preciso empatia e um mínimo de sensibilidade para que todo mundo saia ganhando. Imagine se você for dar aula e só quiser escutar os alunos de raciocínio rápido, impondo o ritmo acelerado deles para todos os alunos. Não vai dar certo, vai? É preciso escutar e acolher, na medida do possível, TODOS. De repente aquele seu aluno quieto e tímido esconde uma habilidade maravilhosa ou uma sensibilidade incrível. 

Estou fechando o desafio com este textão porque acho que é muito válido dizer: fala-se MUITO de inclusão hoje em dia, mas faz-se POUCO, muito pouco, neste sentido. É fácil bradar no facebook o quanto a gente é esclarecido para ganhar medalhinha de empático e curtida, mas difícil mesmo é olhar ao seu redor, vendo as pessoas REAIS que estão com você, e escutá-las, tratá-las com o mínimo de dignidade. Se você acha que o RPG, por ser entretenimento, não tem nada a ver com isso, está muito enganado(a)! 

O RPG já salvou a minha vida, quando colocou no meu caminho a pessoa mais empática que conheço. Odin, obrigada por ouvir meus sonhos e se importar :). Obrigada por mestrar as aventuras que eu tanto amo, mesmo quando você está com preguicinha. :D Obrigada por ler o que eu escrevo mesmo quando está morto de cansaço. Obrigada por me fazer rainha, guerreira e princesa, e me mostrar que, no fundo, eu posso ser isso mesmo. 

Obrigada por se importar, não só comigo, mas com tantas outras pessoas. É por isso que você é o meu mestre e minha pessoa favorita. 

(Acabou virando uma declaração de amor? É, acabou. Desculpe, gente XD). 

Comentários

  1. Você é muito gentil, minha querida. Fico muito feliz que tenha uma visão positiva assim das aventuras e do que tento fazer.

    Todos os mestres em nosso grupo fazem um ótimo trabalho, e seria impossível para mim escolher um "favorito", porque me diverti muito em aventuras de todos eles. Contudo, se puder alterar um pouco o desafio, e escolher minha Jogadora favorita, meu voto sem dúvida vai para você, com suas personagens carismáticas e que sempre interagem muito com a história!

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  2. AAAAAAAAAAAAAAHHHHH, vou morrer de fofura!!! Vocês dois são o casal mais lindo e fofo DO MUNDO!!! Fiquei até emocionada!

    Apesar de amar TODAS as aventuras que joguei, meu mestre favorito é o meu fofinho, o Kurt. Ele é muito talentoso, e é muito fofo quando ele se atrapalhava com os NPCs. Era tudo tão natural que ninguém conseguia deixar e dar muita risada, mas de um jeito bom. Bons tempos...

    Beijos da Amanda^^

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    1. VOCÊ E O KURT QUE SÃO (ONDE VOTA?). Eu morri de fofura ali com a resposta do senhor Odin. Sempre gentil e querido.

      O Kurt deve ser um exímio mestre :D. Hahaha, se atrapalhar com NPCs, quem nunca? Jogar nos traz muitas coisas boas, né? Mesmo quando nós pararmos, por aqui (imagino que isso vá acontecer quando tivermos um filhote, pelo menos por um tempo), certamente guardarei as memórias para sempre ♥.

      Um beijo grande, Amanda, lá no ♥.

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